segunda-feira, outubro 16, 2006

dennis o pensador

à pouco estava no sofá e adormeci...
acordei e voltei a adormecer e enquanto estava neste vaivém do mundo real para o mundo da fantasia e dos sonhos, dei por mim com aquele sorriso estúpido estampado na cara...

estava a pensar nas coisas boas da vida, mas não apenas as coisas boas... estava a pensar naquelas coisas que me tornam feliz e naqueles momentos tão especiais que passei com aquelas pessoas tão especiais...estava a pensar em tudo o que já fiz ao longo da vida, mas também em tudo aquilo que tenho ainda por viver... a vida é tão curta e há tanta coisa boa pra fazer, pra visitar, pra conhecer...

eu olho para trás e já é inevitável relembrar momentos eternos, histórias inéditas, vivências exclusivas e ainda tenho apenas 22 anos! aliás, já tenho 22 anos...como é possível?! o tempo urge e eu nem dou por ele.

após o jantar a minha mãe estava a vasculhar umas fotos antigas e ví uma foto minha a andar na DT-LC do meu irmão e comentei com a minha mãe -"isto já foi à 6, não... 7... 10 anos! como é possível?". naquela altura o meu maior desejo era completar os 16 anos para poder ter uma mota minha. este desejo prolongou-se durante anos e anos, parecia interminável o tempo nesta altura... até que finalmente tive a minha mota. destino cruel tería essa mota que 6 meses mais tarde fora roubada...

quando somos crianças apenas pensamos no futuro, na independência que ele trará e não nos apercebemos das responsabilidades que a ele vêm agarradas...

agora olho pra mim e penso já tenho 22 anos, mais um piscar de olhos e estou a trabalhar (e ainda bem que falta um piscar de olhos porque se tudo tivesse corrido bem já estava a trabalhar!) e depois?

depois acabou-se a boa vida... depois iniciar-se-à uma nova fase da minha vida, uma fase em que as preocupações deixam de ser onde passar as próximas férias para passarem a ser como pagar as próximas contas, desaparecem as noites longas em deterimento dos dias longos, os amigos no dia-a-dia são substituídos pelos colegas de trabalho, a rotina instala-se e prolonga-se na eternidade da vida de trabalhador.

por isso sim... vou aproveitar o máximo que puder desta vida de estudante porque ela não volta atrás e está quase a acabar...

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